Sivananda, o mestre do êxtase

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Muitos pseudoesoteristas e pseudo-ocultistas leram Sivananda. Não há dúvida de que esse homem foi de fato um Guru-Deva que trabalhou incessantemente pela humanidade doente. Realmente, confesso que jamais me agradou sua Hatha Yoga. Este tipo de acrobacias sempre me pareceu coisa de circo.

Nunca me ocorreu que alguém pudesse se autorrealizar convertendo-se em um acrobata.

No entanto, é de se saber que o citado yogue trabalhou profundamente e muito secretamente com a yoga sexual. Parece que ele empregava a Hatha Yoga como uma espécie de isca para pescar no rio da vida.

Agrada-me comunicar aos amados leitores que o Guru-Deva Sivananda desencarnou gozoso em um Maha-Samádhi, êxtase.

Encontrei-me com ele no Universo Paralelo da quinta dimensão.

Minha alegria foi tremenda ao verificar que ele tinha fabricado seus corpos solares na Forja incandescente de Vulcano.

A minha surpresa foi imensa ao constatar que esse Mestre antes de desencarnar já havia morrido em si mesmo.

Sivananda trabalhou intensamente na Grande Obra do Pai. Trata-se, pois, de um Guru-Deva no sentido mais completo da palavra.

Nosso encontro foi singular. Verificou-se em um recinto onde cumpria com meu dever de ensinar.

De repente, entrou o grande yogue, e como que querendo me recriminar, disse: “Vocês estão vulgarizando a Doutrina!” Obviamente, queria referir-se à divulgação da yoga sexual, o Maithuna, entre profanos.

De forma alguma poderia permanecer calado. Minha resposta foi franca e sincera, não podendo ser de outro modo, já que pertenço à Fraternidade Viril. Pronunciei-me energicamente assim: Estou disposto a responder a todas as perguntas que me sejam feitas aqui neste recinto por todos que aqui estejam.

Porém, o Guru-Deva Sivananda, inimigo de toda disputa, preferiu sentar-se na sagrada posição búdica para em seguida submergir em profunda meditação.

Senti a mente do yogue dentro de minhas próprias profundezas. O Homem buscava, esquadrinhava, explorava, em minhas mais íntimas profundidades. Evidenciava-se que Sivananda queria conversar com meu Real Ser, cujo secreto nome é Samael, e o conseguiu.

Assombrado, tive de exclamar: Sivananda! Tu és um verdadeiro Samyasin do pensamento. O Guru-Deva, cheio de êxtase, levantou-se e me abraçou, havia compreendido o delineamento revolucionário de nossa doutrina. Por sua vez, exclamou: “Agora, sim, estou de acordo contigo e direi a todos para que leiam tuas obras”.

E acrescentou ainda: “Conheço tua Mãe (fazendo referência à minha Mãe Divina Particular). Encontrei-a belamente vestida, carregando um manto branco que lhe chega aos pés”.

A entrevista foi formidável e aconteceram muitas outras coisas que mantenho em silêncio, porque não cabem neste capítulo.

(Samael Aun Weor, Magia das Runas)

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