Enxertos e Transplantes Animais

Texto interessantíssimo tirado da obra O REINO, de Jorge Adoum:

Foi-nos revelado que nos planos superiores do mundo interno existem sempre seres que aprendem a Medicina Universal quando estão fora do corpo, durante o sono. Ensina-se-lhes a causa de certas enfermidades, bem como os remédios correspondentes a suas curas. Tais homens são muito sensíveis no mundo físico e conseguimos conhecer alguns deles que podiam sentir a dor sentida pelo paciente, diagnosticando sem esforço a enfermidade.

Muitos deles não recordavam o ensinamento recebido em estado de vigília, mas eram intuídos com facilidade. Algum dia, os médicos compreenderão que as injeções e demais remédios de orígem animal, quando transferidos ao homem, transformam-se em obstáculos ao desenvolvimento interno.

O transplante de glândulas sexuais de animais para o homem causam neste um estado terrivelmente anormal que se projeta nos mundos astral e mental após a morte. Tal anormalidade causará, na encarnação seguinte, a invalidez ou a deformidade do ser, já que tais átomos animais não poderão, por sua própria natureza, seguir a orientação do Nous.

O enxerto de glândulas de animais no homem animaliza sua alma, obrigando-o a tomar a aparência do animal que emprestou suas glândulas para o enxerto, sobretudo se a experiência foi feita para recuperar as funções sexuais.

Até o próprio órgão que recebeu o enxerto deixa de obedecer às ordens e ao mandato da natureza humana, que está sempre de acordo com o Átomo Nous, funcionando então como uma brecha no corpo mental e no corpo de desejos que liga o homem à animalidade.