Os centros da máquina humana

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Antes de tudo, necessitamos compreender que somos “pessoas-máquinas”, simples marionetes controladas por agentes secretos, por Eus ocultos. (Samael Aun Weor)

O Homem-Máquina

“É evidente que as pessoas reagem mecanicamente diante das diversas circunstâncias da vida…

Pobres pessoas! Costumam sempre converter-se em vítimas. Quando alguém as adula, sorriem; quando as humilha, sofrem. Insultam se são insultadas; ferem se são feridas; nunca são livres; seus semelhantes têm poder para levá-las da alegria à tristeza, da esperança ao desespero.

Cada pessoa dessas que vai pelo “Caminho Horizontal” se parece com um instrumento musical, onde cada um de seus semelhantes toca o que bem quiser…

Quem aprende a transformar as relações mecânicas entra de fato no “Caminho Vertical. (Samael Aun Weor, Psicologia Revolucionária)

O Homem-Máquina é o animal mais infeliz que existe neste vale de lágrimas, mas tem a pretensão e até a insolência de se intitular Rei da Natureza.

NOSCE TE IPSUM (HOMEM, CONHEÇA A TI MESMO). Esta é uma antiga máxima de ouro, escrita sobre os muros invictos do Templo de Delfos na antiga Grécia.

O homem, esse pobre Animal Intelectual que se qualifica equivocadamente de Homem, inventou milhares de máquinas complicadíssimas e difíceis e sabe muito bem que, para poder servir-se de uma máquina, necessita, às vezes, longos anos de aprendizagem. Porém, quando se trata de si mesmo, esquece-se totalmente desse fato, ainda que ele mesmo seja uma máquina mais complicada que todas as que inventou.

Não há homem que não esteja cheio de ideias totalmente falsas sobre si mesmo. O grave é que não quer se dar conta de que realmente é uma máquina.

A Máquina Humana não tem liberdade de movimentos. Funciona unicamente por múltiplas e variadas influências interiores e choques exteriores. Todos os movimentos, atos, palavras, ideias, emoções, sentimentos e desejos da Máquina Humana são provocados por influências exteriores e por múltiplas causas estranhas e difíceis.

O animal intelectual é um pobre títere falante, com memória e vitalidade, um boneco vivente que tem a tola ilusão de que pode “fazer”, quando em realidade e de verdade nada pode fazer.

Imagine por um momento, querido leitor, um boneco, um boneco mecânico, automático, controlado por um mecanismo complexo.

Imagine esse boneco, que tem vida… Ele se apaixona, fala, caminha, deseja, faz guerras etc. Imagine que esse boneco pode mudar de dono a cada momento. Deve imaginar que cada dono é uma pessoa diferente, com seu próprio critério, sua própria forma de divertir-se, sentir, viver etc.

Um dono qualquer, querendo conseguir dinheiro, apertará certos botões e então o boneco se dedicará aos negócios; outro dono, meia hora ou várias horas depois, terá uma ideia diferente e colocará seu boneco a dançar e a rir; um terceiro o colocará para brigar, um quarto o fará apaixonar-se por uma mulher, um quinto o fará apaixonar-se por outra, um sexto o fará brigar com seu vizinho e criar um problema policial e um sétimo o fará mudar de domicílio.

Realmente, o boneco de nosso exemplo não fez nada, mas crê que fez. Ele tem a ilusão de que faz, quando, na realidade, nada pode fazer, porque não tem Ser individual.

Fora de toda dúvida, tudo aconteceu, como quando chove, quando troveja, quando o sol esquenta, mas o pobre boneco acredita que faz. Tem a tola ilusão de que fez, quando em realidade nada fez; foram seus respectivos donos os que se divertiram com o pobre boneco mecânico.

Assim é o pobre animal intelectual, querido leitor, um boneco mecânico como o de nosso exemplo ilustrativo. Crê que faz, quando em realidade nada faz. É um títere de carne e osso, controlado pela legião de entidades energéticas sutis que em seu conjunto constituem isso que se chama Ego, Eu Pluralizado.

O Evangelho cristão qualifica todas essas entidades de Demônios, e seu verdadeiro nome é Legião.

Se dizemos que o Eu é Legião de demônios que controlam a Máquina Humana, não estamos exagerando, assim é.

O Homem-Máquina não tem individualidade alguma, não possui o Ser, só o Ser verdadeiro tem poder de fazer.

Só o Ser pode nos dar verdadeira Individualidade. Só o Ser nos converte em Homens verdadeiros.

Quem quiser verdadeiramente deixar de ser um simples boneco mecânico deve eliminar cada uma dessas entidades que em seu conjunto constituem o Eu, cada uma dessas entidades que jogam com a Máquina Humana. Quem de verdade quer deixar de ser um simples boneco mecânico tem que começar por admitir e compreender sua própria mecanicidade.

Aquele que não quiser compreender ou aceitar a própria mecanicidade, aquele que não quiser entender corretamente este fato, já não pode mudar, é um infeliz, um desgraçado, mais lhe valeria dependurar uma pedra de moinho no pescoço e jogar-se ao mar.

O animal intelectual é uma máquina, mas uma máquina muito especial; se esta máquina chega a compreender que é máquina, se é bem conduzida e se as circunstâncias o permitem, pode deixar de ser máquina e converter-se em Homem.

Antes de mais nada, é urgente começar por compreender, a fundo e em todos os níveis da mente, que não temos individualidade verdadeira, que não temos um “Centro Permanente de Consciência”, que em um momento determinado somos uma pessoa e em outro, outra; tudo depende da entidade que controle a situação em um dado instante.

O que origina a ilusão da unidade e integridade do animal intelectual é, por um lado, a sensação que tem de seu corpo físico, e, por outro lado, seu nome e sobrenome; por último, a memória e certo número de hábitos mecânicos implantados nele pela educação, ou adquiridos por simples e tonta imitação.

O pobre animal intelectual não poderá deixar de ser máquina, não poderá mudar, não poderá adquirir o Ser Individual verdadeiro e converter-se em Homem legítimo, enquanto não tenha o valor de eliminar, mediante a compreensão de fundo e em ordem sucessiva, cada uma dessas “entidades metafísicas” que em seu conjunto constituem isso que se chama Ego, Eu, Mim Mesmo.

Cada ideia, cada paixão, cada vício, cada afeto, cada ódio, cada desejo etc., tem sua correspondente entidade, e o conjunto de todas essas entidades depende totalmente das circunstâncias, mudança de impressões, acontecimentos etc.

A tela da mente muda de cores e cenas a cada instante, tudo depende da entidade que em um momento qualquer controle a mente.

Pela tela da mente vão passando em procissão contínua as distintas “entidades” que em seu conjunto constituem o Ego ou Eu Psicológico.

As diversas “entidades” que constituem o Eu pluralizado se associam, formam certos grupos especiais de acordo com suas afinidades, brigam entre si, discutem, se desconhecem etc.

Cada entidade da Legião chamada Eu, cada pequeno Eu, acredita ser o todo, o Ego total. Nem remotamente suspeita ser apenas uma ínfima parte.

A entidade que hoje jura amor eterno a uma mulher é substituída mais tarde por outra entidade que nada tem a ver com tal juramento. Então o castelo de cartas vai ao chão, e a pobre mulher chora decepcionada.

A entidade que hoje jura fidelidade a uma causa é substituída amanhã por outra que nada tem a ver com tal causa, e então o sujeito se retira. A entidade que hoje jura fidelidade à Gnose é substituída amanhã por outra entidade que odeia a Gnose.

Os professores e professoras de escolas, colégios e universidades devem estudar a “Psicologia Revolucionária” e, por humanidade, ter a coragem de orientar os alunos e alunas pelo caminho maravilhoso da Revolução da Consciência.

É necessário que os alunos compreendam a necessidade de conhecer a si mesmos em todos os terrenos da mente. Necessita-se uma orientação intelectual mais eficiente. Necessita-se compreender o que somos e isto deve começar desde os próprios bancos da escola.

Não negamos que necessitamos de dinheiro para comer, para pagar o aluguel da casa e nos vestirmos. Não negamos que se necessita preparação intelectual, uma profissão, uma técnica para ganhar dinheiro, mas isto não é tudo, isto é secundário; o principal, o fundamental é saber quem somos, o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual é o objetivo de nossa existência.

É lamentável continuarmos como bonecos automáticos, míseros mortais, Homens-Máquina. É urgente deixarmos de ser meras máquinas, é urgente converter-nos em Homens Verdadeiros. É necessária uma mudança radical, e esta deve começar precisamente pela eliminação de cada uma dessas “entidades” que em seu conjunto constituem o Eu Pluralizado.

O pobre animal intelectual não é Homem, contudo tem dentro de si, em estado latente, todas   as possibilidades para converter-se em Homem. Não é uma lei que essas possibilidades se desenvolvam. O natural é que se percam. Só mediante tremendos superesforços podem se desenvolver tais possibilidades humanas.

Temos muito que eliminar e muito que adquirir. É necessário fazer um inventário para saber quanto nos sobra e quanto nos falta. É claro que o Eu pluralizado fica sobrando, é algo inútil e prejudicial.

É lógico dizer que temos de desenvolver certos poderes, certas faculdades e capacidades que o Homem-Máquina atribui a si mesmo e acredita possuir, mas que na realidade e de verdade não possui. O Homem-Máquina crê que tem verdadeira Individualidade, Consciência desperta, Vontade consciente, Poder de fazer etc., mas não tem nada disso.

Se queremos deixar de ser máquinas, se queremos despertar Consciência, ter verdadeira Vontade consciente, Individualidade, capacidade de Fazer, é urgente começar por conhecer-nos a nós mesmos e depois dissolver o Eu Psicológico. Quando o Eu Pluralizado se dissolve, só resta dentro de nós o Ser Verdadeiro.

A Crua Realidade dos Fatos

Quando uma pessoa tenta deixar de ser máquina, quando já não quer ser máquina, a Natureza se opõe. A Natureza tem, dentro de cada um de nós, elementos, poderes e forças que mobiliza para combater-nos. É que não convém à Natureza que alguém deixe de ser máquina; isso é um atentado contra sua economia, e ela dispõe de poderes formidáveis para submeter à ordem aqueles rebeldes que se levantem em armas. Essa é a crua realidade dos fatos!

Obviamente vocês estão aqui para escutar-me e eu para falar-lhes, mas vejo aqui mesmo, nesta conferência, como a Natureza trabalha para tratar de submetê-los à ordem. Alguns de vocês, ao escutar esta palestra, se prestam a devida atenção, verão que sentem aborrecimento; alguns bocejaram, há os que gostariam que nossa conferência já tivesse terminado etc. A Natureza se vale de tudo isso; estas são as armas que ela utiliza para evitar que alguém deixe de ser maquininha.

Vocês são máquinas. Podem não gostar; talvez pensem que eu os esteja insultando. Não, palavra que não estou insultando; o que estou dizendo a vocês se aplica a toda a humanidade. Vocês deixarão de ser máquinas no dia em que se levantarem em armas contra a Natureza, contra o Cosmo, contra si mesmos, contra tudo e contra todos.

Quando isso acontecer, há uma possibilidade de que deixem de ser máquinas (se é que não sucumbem, porque a Natureza não vai baixar a guarda assim tão facilmente; isso é um atentado contra a economia da Natureza, isso é óbvio. (Samael Aun Weor, A Influência Lunar)

De nenhuma maneira poderíamos negar a “Lei de Recorrência” manifestando-se em cada momento de nossa vida.

Certamente, em cada dia de nossa existência existe repetição de eventos, estados de consciência, palavras, desejos, pensamentos, volições etc.

É óbvio que, quando alguém não se auto-observa, não pode perceber esta incessante repetição diária. É evidente que quem não sente interesse algum por observar-se a si mesmo tampouco deseja trabalhar para obter uma verdadeira transformação radical.

Para o cúmulo dos cúmulos, há pessoas que querem transformar-se sem trabalhar sobre si mesmas. Não negamos o fato de que cada qual tem direito à real felicidade do espírito, mas também é certo que tal felicidade seria algo mais que impossível se não trabalhássemos sobre nós mesmos.

Uma pessoa pode mudar intimamente quando de verdade consegue modificar suas reações ante os diversos fatos que lhe sobrevêm diariamente. Mas não poderíamos modificar nossa forma de reagir ante os fatos da vida prática se não trabalhássemos seriamente sobre nós mesmos.

Necessitamos mudar nossa maneira de pensar, ser menos negligentes, tornar-nos mais sérios e encarar a vida de forma diferente, em seu sentido real e prático. Porém, se continuamos assim, tal como estamos, comportando-nos da mesma forma todos os dias, repetindo os mesmos erros, com a mesma negligência de sempre, qualquer possibilidade de mudança ficará de fato eliminada.

Se alguém quer de verdade chegar a conhecer-se, deve começar por observar sua própria conduta diante dos acontecimentos de qualquer dia da vida.

Não queremos dizer com isto que a pessoa não deva observar-se diariamente, só queremos afirmar que se deve começar por observar um primeiro dia. Em tudo deve haver um começo, e começar por observar nossa conduta em qualquer dia de nossa vida é um bom começo.

Observar nossas reações mecânicas diante desses pequenos detalhes do quarto, do lar, refeitório, casa, rua, trabalho etc., o que se diz, sente, pensa, é certamente o mais indicado.

O importante é ver como uma pessoa pode mudar essas reações; porém, se achamos que somos boas pessoas, que nunca nos comportamos de forma inconsciente e equivocada, nunca mudaremos. Antes de mais nada, necessitamos compreender que somos pessoas-máquinas, simples marionetes controladas por agentes secretos, por Eus ocultos.

Dentro de nossa pessoa vivem muitas pessoas, nunca somos idênticos; às vezes se manifesta em nós uma pessoa mesquinha; outras vezes uma pessoa irritável; em qualquer outro instante uma pessoa esplêndida, benevolente; mais tarde uma pessoa escandalosa ou caluniadora; depois um santo, depois um mentiroso etc.

Temos gente de todo tipo dentro de cada um de nós, Eus de toda espécie. Nossa personalidade não é mais que uma marionete, um boneco falante, algo mecânico.

Comecemos por comportar-nos conscientemente durante uma pequena parte do dia; necessitamos deixar de ser simples máquinas, ainda que seja durante uns breves minutos diários; isto influirá decisivamente sobre nossa existência.

Quando nos auto-observamos e não fazemos o que tal ou qual Eu quer, é claro que começamos a deixar de ser máquinas. Um só momento em que se está bastante consciente a ponto de deixar de ser máquina, se isto é feito voluntariamente, pode modificar muitas circunstâncias desagradáveis.

Infelizmente, vivemos diariamente uma vida mecanicista, rotineira, absurda. Repetimos acontecimentos, nossos hábitos são os mesmos, nunca quisemos modificá-los; são os trilhos mecânicos por onde circula o trem de nossa existência miserável; porém, pensamos o melhor de nós mesmos…

Por toda parte abundam os MITÔMANOS, os que se creem Deuses; criaturas mecânicas, rotineiras, personagens do lodo da terra, míseros bonecos movidos por diversos Eus; pessoas assim não trabalharão sobre si mesmas…

Os Cinco Centros Centros da Máquina Humana

A questão do funcionamento equivocado dos Centros é um tema que exige estudo por toda a vida, através da observação de si mesmo (em ação) e do exame rigoroso dos sonhos. Não é possível chegar à compreensão dos Centros (e de seu trabalho correto ou equivocado) em um instante; necessitamos paciência infinita.

Toda a vida se desenvolve em função dos Centros e é controlada por eles. Nossos pensamentos, sentimentos, esperanças, temores, amores, ódios, ações, sensações, prazeres, satisfações, frustrações etc., encontram-se nos Centros. (Samael Aun Weor, A Doutrina do Fogo)

O organismo desse “bípede tricerebrado”, equivocadamente chamado Homem, é uma “Máquina” preciosa, com Cinco Centros psicofisiológicos maravilhosos. A ordem desses centros é a seguinte: Intelecto, Emoção, Movimento, Instinto e Sexo.

Funcionamento e Localização

Quando alguém se auto-observa profundamente, chega à conclusão lógica de que ainda que cada um dos cinco centros penetre por todo o organismo, tem, contudo, seu ponto básico principal em algum lugar da máquina orgânica.

O centro de gravidade do Intelecto encontra-se no cérebro. O centro de gravidade das Emoções está radicado no plexo solar e nos centros nervosos específicos do Grande Simpático. O centro de gravidade do Movimento está situado na parte superior da espinha dorsal. O centro de gravidade do Instinto é encontrado na parte inferior da espinha dorsal. É claro que o centro de gravidade do Sexo tem suas raízes nos órgãos sexuais.

Cada um dos cinco centros da “Máquina” tem funções específicas absolutamente definidas.

Centro Intelectual

A elaboração de conceitos, o raciocínio, as recordações, os projetos, a análise etc., pertencem a este centro. O centro intelectual é útil dentro de sua órbita, o problema é querer tirá-lo de seu campo de gravitação. As grandes realidades do Espírito só podem ser experimentadas através da Consciência.

Aqueles que pretendem investigar as verdades transcendentais do Ser à base de puro raciocínio caem no mesmo erro de quem, ignorando o uso e o manejo dos modernos instrumentos da ciência, tentasse estudar a vida do infinitamente pequeno com telescópios e a vida do infinitamente grande com microscópios.

Centro Emocional

Alegria, tristeza, melancolia, euforia, amor ou ódio são somente algumas das sensações produzidas neste centro. O ser humano gasta torpemente suas energias com o abuso das emoções violentas, produzidas pelo cinema, pela televisão, partidas de futebol etc.

Centro Motriz

Necessitamos autodescobrir-nos e compreender a fundo todos os nossos hábitos. Não devemos permitir que nossa vida continue se desenvolvendo mecanicamente. Parece incrível que nós, vivendo dentro dos moldes dos hábitos, não conheçamos esses moldes que condicionam nossa vida.

Necessitamos estudar nossos hábitos, necessitamos compreendê-los. Eles pertencem às atividades do centro do movimento. É necessário autoobservar-nos na maneira de viver, atuar, vestir, andar etc. O centro motor tem muitas atividades. Os esportes também pertencem a este centro.

Centro Instintivo

Existem vários instintos: o instinto de conservação, o instinto sexual, etc. Existem também muitas perversões do instinto. No fundo de todo ser humano existem forças subumanas, instintivas, brutais, que paralisam o verdadeiro espírito de amor e caridade. Estas forças demoníacas do Eu Psicológico devem ser compreendidas e depois submetidas e eliminadas. São forças bestiais, instintos criminosos, luxúria, covardia, medo, sadismo sexual etc.

Centro Sexual

É o centro encarregado de dar origem à chamada “energia sexual”. Tal energia, ao contrário do que muitos autores supõem, não se encarrega apenas da reprodução da raça. Devemos afirmar que, além disso, abarca outras esferas muito mais transcendentes na vida do ser humano: a saúde do corpo físico, o equilíbrio psicológico e a conquista disso que chamamos o Ser. Sobre tudo isso falaremos em futuras lições…

Velocidade dos Centros

Um estudo profundo sobre os cinco centros nos permite compreender que existe diferença de velocidade entre eles, e isto já está comprovado.

O pensamento é aparentemente muito rápido, mas infelizmente é muito lento. Se vocês estão dirigindo um automóvel, por exemplo, e, de repente, em um momento de perigo, ficarem analisando se devem fazer isto ou aquilo, avançar ou retroceder, virar à direita ou à esquerda, vão bater e sofrer um desastre.

O centro motor é mais rápido. Quando alguém está dirigindo um automóvel, não tem muito tempo para pensar, age velozmente e sai do caminho. Mas, se o pensamento atuasse nesse momento, haveria um bloqueio e bateria… Todo datilógrafo trabalha com o centro do movimento, e, como é natural, pode equivocar-se no teclado se a mente chega a interferir…

O emocional também é um centro rápido, mas não há centro mais rápido que o sexual. É extraordinariamente sutil e veloz, graças à sua fina energia; a maior parte de suas manifestações ocorre em um nível molecular, onde os impulsos são transmitidos milhares de vezes mais rápido que os da mente.

A ideia do amor à primeira vista, quando realmente ocorre, está baseada no fato concreto de que, em certos casos, a função sexual pode saber instantaneamente se existe ou não afinidade sexual com uma determinada pessoa do sexo oposto em um momento dado.

Todos os cinco cilindros da máquina humana são fundamentais na vida, mas, fora de qualquer dúvida, o centro sexual, o quinto centro, é realmente o mais importante e o mais rápido. Nele se encontram as próprias raízes de nossa existência.

O Eu nos Centros

O Eu exerce controle sobre os cinco centros inferiores da máquina humana: Intelectual, Emocional, Motriz, Instintivo e Sexual.

Existem dois centros, o Intelectual e o Emocional, que podem transformar-se e elevar-se a uma oitava superior. Esses dois centros superiores não podem ser controlados pelo Eu.

Quando alguém se dedica à leitura e à reflexão sobre as obras do esoterismo gnóstico, o Eu se ausenta, pois esse conhecimento se dirige única e exclusivamente à Consciência.

Quando alguém contempla um pôr-do-sol sobre o horizonte ou escuta a música clássica dos grandes mestres, os sentimentos do Ego desaparecem e o centro emocional se eleva a seu aspecto superior.

Contudo, a crua realidade é que esses dois centros superiores raramente funcionam no animal intelectual. O que podemos observar continuamente é que cada um dos centros inferiores é controlado e manejado por todos os Agregados Psíquicos inumanos. Assim é como a vida do ser humano fica reduzida à escravidão psicológica, desaparecendo quase que por completo nosso “livre-arbítrio”.

Os Eus das preocupações ficam à vontade no centro intelectual. A cobiça projeta sobre a pobre mente ideias e planos para o futuro. O orgulho intelectual toma conta da “máquina” para impor seus critérios.

O centro emocional também sofre as conseqüências dos abusos do Eu. O medo faz um homem duvidar e tremer em um momento de perigo. O amor-próprio fica mortalmente ferido quando alguém não nos retribui da forma que achamos que merecemos. Então surge o ódio, o rancor etc.

O centro motor é utilizado pela vaidade para passear a máquina pelas ruas, chamando a atenção como um pavão, achando que todo mundo o olha. O orgulho nos faz competir, lutar contra o desafiante até ficarmos exaustos, só para ganhar uma pobre medalha e aparecer nos jornais do dia seguinte.

A preguiça altera os mecanismos naturais do centro instintivo quando, por não querer se esforçar, a pessoa se alimenta de qualquer maneira, à base de congelados, conservas e alimentos semi-prontos. O tabaco causa estragos no sistema respiratório, enchendo os pobres pulmões de toxinas, nicotina e alcatrão. O vício do álcool destroça o sistema digestivo e circulatório; o fígado sofre graves conseqüências, morrendo lentamente.

O reservatório energético do centro sexual também é saqueado pelos diferentes agregados psicológicos. Desde cedo o menino começa com o vício da masturbação, perdendo elementos tão fundamentais para seu desenvolvimento como a lecitina, a colesterina e os fosfatos. Aí começa a via-crúcis do ser humano. A profunda ignorância na qual vive a humanidade faz com que este centro seja o mais prejudicado…

Todo aquele que queira dissolver o Eu deve estudar seu funcionamento nos cinco centros inferiores. Não devemos condenar os defeitos. Tampouco devemos justificá-los. O importante é compreendê-los.

É urgente compreender as ações e reações da Máquina Humana. Cada um desses cinco centros inferiores tem todo um jogo complicadíssimo de ações e reações. O Eu trabalha com cada um desses cinco centros inferiores; compreendendo a fundo todo o mecanismo de cada um desses centros estaremos a caminho de dissolver o Eu.

A Ilusão de Fazer

A Lua controla toda a mecânica da Natureza. A Lua atua sobre os líquidos incorpóreos e inorgânicos e também sobre os líquidos incorporados à matéria orgânica. A Lua controla o crescimento das plantas, exerce influência sobre os fluidos sexuais, regula o fluxo menstrual da mulher, governa a concepção de todas as criaturas etc.

A Lua é realmente como o peso de um relógio de pêndulo; a vida orgânica da Terra é o mecanismo do relógio, que se põe em movimento devido ao vaivém do peso.

Tudo o que acontece neste vale de lágrimas se deve à influência lunar; todos os múltiplos processos da vida orgânica são lunares.

São lunares todos os variados processos do pensar, sentir e atuar das pessoas, são lunares todos os vícios e maldades das multidões; são lunares todas as guerras, ódios, adultérios, fornicações e abominações desta Grande Rameira cujo número é 666. (Samael Aun Weor, Mensagem de Natal 1967-68)

Quando tratamos de imaginar, de forma clara e precisa, o resplandecente e alongado corpo do Sistema Solar, com todas as suas belas camadas e fios entrelaçados formados pelo traço maravilhoso dos mundos, vem então à nossa mente, em estado receptivo, a imagem vívida do organismo humano com os sistemas esquelético, linfático, arterial, nervoso etc., que, fora de toda dúvida, estão constituídos e reunidos de forma semelhante.

O Sistema Solar de Ors, este sistema no qual vivemos, nos movemos e temos nossa existência, visto de longe parece um homem caminhando através do inalterável infinito.

O Microcosmo homem é, por sua vez, um sistema solar em miniatura, uma máquina maravilhosa com várias redes distribuidoras de energia em distintos graus de tensão.

A estrutura da máquina humana consta de sete ou oito sistemas, sustentados por uma armadura esquelética formidável e reunidos em um todo sólido, graças ao tecido conjuntivo. A ciência médica pôde verificar que todos estes sistemas do organismo humano estão devidamente unidos e harmonizados pelo Sol do organismo, o coração vivificante, do qual depende a existência do Microcosmo homem.

Cada sistema orgânico abarca o corpo inteiro e sobre cada um deles reina soberana uma das glândulas de secreção interna. Realmente, essas maravilhosas glândulas são verdadeiros microlaboratórios orgânicos colocados em lugares específicos, na qualidade de reguladores e transformadores.

Fora de qualquer dúvida, podemos afirmar enfaticamente que estes microlaboratórios glandulares têm a importantíssima missão de transformar as energias vitais produzidas pela máquina humana.

Foi dito que o organismo humano obtém seus alimentos do ar que respiramos, da comida que ingerimos e da luz do Sol.

Os microlaboratórios glandulares devem transformar as energias vitais destes alimentos, e este é um trabalho surpreendente e maravilhoso. Cada glândula deve transformar a energia vital dos alimentos ao grau de tensão requerido por seu próprio sistema ou função.

O organismo humano possui sete glândulas superiores e três controles nervosos. A “Lei do Sete” e a “Lei do Três” trabalham intensamente dentro da máquina humana. O sistema cérebroespinal produz essas raríssimas funções conscientes que às vezes se manifestam no animal intelectual.

O Simpático estimula maravilhosamente as funções inconscientes e instintivas, e o Parassimpático ou Vago freia as funções instintivas e atua como complemento daquele.

Temos plena razão para afirmar, sem temor a equivocar-nos, que estes três controles nervosos representam a “Lei do Três”, as três forças primárias dentro da máquina humana, assim como as sete glândulas endócrinas e seus produtos representam a “Lei do Sete”, com todas as suas oitavas musicais.

Existe, evidentemente, um controle para liberar impulsos nervosos ativos, outro para liberar impulsos nervosos passivos e um terceiro para liberar os impulsos mediadores do pensamento, da razão e da consciência.

Os nervos, como agentes da “Lei do Três”, controlam as glândulas, que, como já dissemos, representam a “Lei do Sete”. Os nervos controlam as glândulas, mas, por sua vez, são também controlados; isto é semelhante às funções específicas dos planetas que se movem ao redor do Sol; estes mundos controlam e são controlados.

Já dissemos e voltamos a repetir que a máquina humana tem cinco cilindros. O primeiro é o centro intelectual, o segundo o centro emocional, o terceiro é o centro do movimento, o quarto é o centro do instinto e o quinto é o centro do sexo.

Explicamos muitas vezes que os cinco cilindros da máquina humana estão, desgraçadamente, controlados pelo Eu Pluralizado, por essa legião de Eus que vivem nesses centros psico-fisiológicos.

A máquina humana, como qualquer máquina, move-se sob os impulsos das três forças da natureza. As radiações cósmicas, em primeiro lugar, e o Eu pluralizado, em segundo lugar, são os agentes secretos que movem as máquinas humanas.

A radiação cósmica está formada por dois grandes grupos de componentes que, assim como trabalham dentro do grande laboratório da natureza, também trabalham dentro da máquina humana.

O primeiro grupo está formado por raios de grande dureza e elevado poder de penetração, procedentes do espaço sideral, com energias que oscilam ao redor de 5 bilhões de elétrons-volt. Estes raios são os que se chocam com as partículas da alta atmosfera, dividindo-se em volumosos feixes ou estrelas de raios.

A parte dura da radiação cósmica é formada por prótons, nêutrons e mésons. Estes últimos já estão devidamente classificados em positivos, negativos e neutros, de acordo com a “Lei do Três”.

O segundo grupo ou radiação branda está formado por raios secundários que são produzidos dentro da atmosfera terrestre. Estes raios são o resultado dos impactos da radiação dura ao chocar contra os átomos do ar, dando lugar aos feixes ou estrelas de raios, alguns deles formados por até 500 mil partículas, que, em seu desenvolvimento, chegam a cobrir áreas extensíssimas, de acordo com as investigações dos homens de ciência.

Foi-nos dito que a energia dos corpúsculos componentes da radiação branda oscila entre 1 milhão e 100 bilhões de elétrons-volt.

Qualquer conjunção planetária adversa, qualquer quadratura nefasta de mundos, qualquer tensão produzida pela exagerada aproximação de dois planetas é suficiente para que milhões de máquinas humanas se lancem à guerra, justificando-se, é claro, com muitas razões, lemas, bandeiras a defender, motivos pelos quais lutar etc.

A pior tolice dos animais intelectuais é crer que FAZEM, quando em verdade nada podem FAZER, são simples marionetes humanas movidas por forças que desconhecem.

As radiações cósmicas originam, dentro da psique subjetiva do animal intelectual, infinitas mudanças em sua idiossincrasia psicológica. Certos Eus surgem e outros submergem, alguns Eus-Diabos emergem à superfície, enquanto outros se perdem nas quarenta e nove regiões submersas do subconsciente.

Então surgem os assombros, as surpresas; quem havia jurado amor eterno se retira; quem havia jurado fidelidade à Gnose a atraiçoa; quem não bebia álcool, agora bebe; quem se havia proposto a realizar certo negócio de repente perde todo o interesse etc.

As máquinas humanas não têm o menor sentido de responsabilidade moral, são simples marionetes que pensam, sentem e agem de acordo com o tipo de Eu que controla os centros capitais da máquina em um instante dado; se esse tipo de Eu é substituído, a marionete humana modifica de fato seus processos mentais e emocionais e, como resultado, age de maneira diferente e até oposta.

Às vezes se metem dentro da máquina humana certos Eus-Diabos que não são da pessoa, que têm outros donos e acomodam-se dentro de qualquer um dos cinco cilindros da máquina; então o cidadão honrado converte-se em ladrão, e quem antes não se atrevia a matar sequer um passarinho torna-se um assassino cruel etc.

O Eu que cada ser humano leva dentro de si mesmo é uma pluralidade, e seu verdadeiro nome é “Legião”. A ronda destes Eus-Diabos, sua contínua e terrível luta pela supremacia, depende de muitas influências externas e internas, e, em última análise, das radiações cósmicas.

O Sol, com seu calor, o bom ou mau tempo, dão lugar, de imediato, a que surjam determinados Eus que se apoderam da máquina; alguns desses Eus são mais fortes que os outros.

A chuva, as contrariedades, as vãs alegrias passageiras originam novos e incômodos Eus, mas a pobre marionete humana não tem noção destas mudanças porque tem a Consciência adormecida, vive sempre no último Eu.

Certos Eus dominam outros porque são mais fortes, mas sua força é a força dos cilindros da máquina; todos os Eus são o resultado das influências externas e internas; no animal intelectual não existe verdadeira individualidade, é uma máquina…

Como Viver Sabiamente a Vida

“Faz-se urgente compreender a necessidade de aprender a viver sabiamente. Se queremos uma mudança definitiva, faz-se necessário que tal mudança se verifique primeiro dentro de nós mesmos; se não eliminamos nada do que temos internamente, externamente a vida continuará com suas dificuldades”. (Samael Aun Weor, O estado hipnótico em que vive o ser humano)
A Psicologia Revolucionária da Nova Era afirma que a Máquina Orgânica do Animal Intelectual, falsamente chamado homem, é tricentrada ou tricerebrada.

O Primeiro Cérebro está encerrado na caixa craniana. O Segundo Cérebro está constituído pelos plexos nervosos simpáticos e, em geral, por todos os centros nervosos específicos do organismo humano. O Terceiro Cérebro corresponde concretamente à espinha dorsal com sua medula central e todas as suas ramificações nervosas.

O Primeiro Cérebro é o Centro Pensante. O Segundo Cérebro é o Centro Emocional. O Terceiro Cérebro é o Centro do Movimento, comumente denominado Centro Motor (os cinco centros se distribuem nos três cérebros, pois cada um deles tem sua autonomia).

Está completamente demonstrado na prática que todo abuso do Centro Pensante produz gasto excessivo de energia intelectual. É lógico afirmar, sem temor a dúvidas, que os manicômios são verdadeiros cemitérios de mortos intelectuais.

O sentido estético, a mística, o êxtase, a música superior são necessários para cultivar o Centro Emocional, mas o abuso deste cérebro produz desgaste inútil e desperdício de energias emocionais. Abusam do Centro Emocional os existencialistas da “nova onda”, os fanáticos do rock, os pseudoartistas sensuais da arte moderna, os que cultivam a sensualidade passional e mórbida etc.

Os esportes harmoniosos e equilibrados são úteis para o Centro Motor, mas o abuso do esporte significa gasto excessivo de energias motrizes, e o resultado costuma ser desastroso. Não é absurdo afirmar que existem mortos do Cérebro Motor. Estes são conhecidos como doentes de hemiplegia, paralisia progressiva etc.

Ainda que pareça incrível, a morte certamente se processa por terços em cada pessoa. Já está comprovado, até a saciedade, que toda enfermidade tem sua base em algum dos três cérebros.

Faz algum tempo um amigo nosso adoeceu; havia abusado demasiadamente do cérebro intelectual. Esse homem havia se dedicado demais ao intelecto e um dia sofreu uma embolia. Quando fomos visitá-lo, aconteceu que seu cérebro intelectual não pôde coordenar as ideias.

Dias depois seu cérebro motor faleceu; então é óbvio que já não pôde mais se mover. Por último, faleceu o cérebro emocional; teve uma parada cardíaca. Sempre se morre por terços, e isto já está demonstrado.

A Grande Lei depositou sabiamente em cada um dos três cérebros do animal intelectual determinado capital de Valores Vitais. Economizar este capital significa de fato prolongar a vida; malgastar este capital produz a morte.

Arcaicas tradições que chegaram até nós desde a noite aterradora dos séculos afirmam que a média de vida humana no antigo continente Mu, situado no oceano Pacífico, oscilava entre doze e quinze séculos.

Com o passar do tempo, através de todas as idades, o uso equivocado dos três cérebros foi encurtando a vida pouco a pouco. No país ensolarado de Khem, lá no velho Egito dos Faraós, a média de vida humana alcançava já apenas cento e quarenta anos.

Atualmente, nestes tempos modernos de gasolina e celuloide, nesta época de existencialismo e rebeldes do rock, a média de vida humana, segundo algumas companhias de seguro, é de apenas sessenta anos.

Os senhores marxistas-leninistas da antiga União Soviética, fanfarrões e mentirosos como sempre, andavam por aí dizendo que haviam inventado soros especiais para prolongar a vida, mas o velhinho Kruschev, que não tinha nem 80 anos, tinha de pedir licença a um pé para levantar o outro.

No centro da Ásia existe uma comunidade religiosa constituída por anciães que já nem se lembram de sua juventude. A média de vida destes anciãos oscila entre quatrocentos e quinhentos anos. Todo o segredo da longa vida destes monges asiáticos consiste no sábio uso dos três cérebros.

O funcionamento equilibrado e harmonioso dos Três Cérebros significa economia de valores vitais e, como consequência lógica, o prolongamento da vida.

Existe uma lei cósmica conhecida como “Igualação das Vibrações de Muitas Fontes”. Os monges do citado mosteiro sabem utilizar esta Lei, mediante o uso dos Três Cérebros.

A pedagogia contemporânea conduz os alunos e alunas ao abuso do Cérebro Pensante, cujos resultados já são conhecidos pela psiquiatria.

O cultivo inteligente dos Três Cérebros pertence à “Educação Fundamental”. Nas antigas Escolas de Mistérios da Babilônia, Grécia, Índia, Pérsia, Egito etc., os alunos e alunas recebiam informação íntegra direta para seus Três Cérebros, mediante o preceito, a dança, a música, etc., inteligentemente combinados.

Os teatros dos antigos tempos formavam parte da escola. O drama, a música, o ensinamento oral etc., serviam para informar os Três Cérebros de cada indivíduo.

Então os estudantes não abusavam do Cérebro Pensante, e sabiam usar com inteligência e de forma equilibrada seus Três Cérebros.

As danças dos Mistérios de Elêusis, na Grécia, foram sempre utilizadas para transmitir conhecimentos aos discípulos e discípulas.

Agora, nestes tempos degenerados do rock, os alunos e alunas, confundidos e desorientados, andam pelo caminho tenebroso do abuso mental.

Atualmente, não existem verdadeiros sistemas criadores para o cultivo harmonioso dos Três Cérebros. Os professores e professoras de escolas, colégios e universidades só se dirigem à memória infiel dos estudantes entediados, que esperam com ansiedade a hora de sair da aula.

É urgente, indispensável, saber combinar Intelecto, Emoção e Movimento com o propósito de levar informação íntegra aos Três Cérebros dos estudantes. É absurdo dar informação a um só cérebro. O Primeiro Cérebro não é o único instrumento cognitivo. É criminoso abusar do Cérebro Pensante dos alunos e alunas.

A “Educação Fundamental” deverá conduzir os estudantes pelo caminho do Desenvolvimento Harmonioso. A “Psicologia Revolucionária” ensina claramente que os Três Cérebros têm três tipos de associações independentes, totalmente distintas. Esses três tipos de associações evocam diferentes tipos de impulsos do Ser.

Isso nos dá de fato TRÊS PERSONALIDADES DIFERENTES, que não possuem nada em comum, nem em sua natureza, nem em suas manifestações.

A Psicologia Revolucionária da Nova Era ensina que em cada pessoa existem três aspectos psicológicos diferentes. Com uma parte do material psíquico desejamos uma coisa; com outra parte fazemos algo totalmente oposto.

Em um instante de suprema dor, talvez a perda de um ser querido ou qualquer outra catástrofe íntima, a PERSONALIDADE EMOCIONAL chega ao desespero, enquanto a PERSONALIDADE INTELECTUAL se pergunta o porquê de toda esta tragédia e a PERSONALIDADE DO MOVIMENTO só quer fugir da cena.

Essas três Personalidades distintas, diferentes e muitas vezes até contraditórias, devem ser inteligentemente cultivadas e instruídas com métodos e sistemas especiais em todas as escolas, colégios e universidades.

Do ponto de vista psicológico, resulta absurdo educar exclusivamente a Personalidade Intelectual. O homem tem três Personalidades que necessitam urgentemente da “Educação Fundamental”.

Samael Aun Weor

11 COMENTÁRIOS

    • É simples, eles irão mudar essas teorias para se adaptarem com a evolução do meio social.É o que aconteceu com os cultos que as civilizações antigas realizavam, com a descoberta das ciência, diversas religiões ou filosofias de vida se tornaram ultrapassadas,então deu no que deu acabaram surgindo as religiões reveladas que foram a evolução de cultos: animistas, pagãos, henoteístas e outros por ai que ainda não foram descobertos.A gnose está entrando em seu ápice,muita gente esta virando adepto, mas logo entrara em declínio, devido as maluquices que poderão ser feitas no nosso corpo muita teorias poderão ir por água abaixo.

  1. Parabéns!
    Gostei muito desta matéria.

    Para quem quiser se aprofundar no assunto, recomendo que leiam “Fragmentos de um ensinamento desconhecido: em busca do milagroso”, do autor P. D. Ouspensky (tendo sido este, aluno de G. I. Gurdjieff; mestre pelo qual outorgou-lhe maior parte dos conhecimentos citados neste livro).

    Abraço à todos!

  2. Olá irmãos.
    Penso que se estão a esquecer duma parte importante, assim como aqueles, que querem obedecer a DEUS, conhecem o ser humano minimamente, também as energias negativas o conhecem.

    Não foi por acaso que se fizeram tantas experiências com o corpo humano.
    Nas últimas décadas a produção de testosterona, caiu para metade, basta analisar este dado para se perceber o que se está a passar.

    Irmãos o nosso organismo tem limites, ou se quiserem uma velocidade de funcionamento, que quando é ultrapassada entra em deficit, o que leva pode levar á doença, não maior parte das vezes.

    Basicamente o que as energias negativas criaram, foi um mundo em que os seres humanos são agredidos constantemente, e que o corpo humano não consegue responder ás agressões, stress, que lhe é imposto constantemente, e acaba por entrar em desiquilíbrio.

    A única solução rápida, é ir viver para lugares pouco habitados e seguir, uma vida de oração, jejum e castidade.

    A outra solução é os FILHOS de DEUS, levantarem a sua voz, e calarem a mentira, para que no mundo volte a haver ao menos, respeito, temor.

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