sexta-feira, abril 26, 2024

O CRISTO COSMICO NO BAGAVAD GITA

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    Peter Stearns
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    O Bhagavad-Gita – Capítulo onze
    A Visão da Forma Cósmica

    Arjuna disse: minha ilusão foi dissipada pelas profundas palavras de sabedoria e compaixão, que Você claramente falou para mim, sobre o supremo segredo do Ser (11.01).

    Ó Krishna, em detalhes, eu ouvi de Você sobre a origem e a dissolução dos seres, e da Sua glória imutável (11.02).

    A Visão de Deus é a Meta Última de Quem Busca A Liberação

    Ó Senhor, Você é tal como Você disse; apesar disto, eu gostaria de ver a sua forma divina, Ó Ser Supremo (11.03).

    Ó Senhor, se Você acha que é possível para mim ver a Sua forma universal, então, Ó Senhor dos yogis, mostre-me a Sua forma transcendental (11.04).

    Não há outro meio para conhecer Deus antes de experiência-lO. A fé em Deus repousa por sobre um chão instável sem a visão do objeto da devoção. Toda nossa disciplina espiritual é dirigida para esta visão. A visão é essencial para submeter o último pedaço de impureza emocional, e alguma dúvida hesitante na mente do crente, porque, para uma mente humana, é vendo que se acredita. Portanto, Arjuna, como qualquer outro devoto, lembre-se de observar a forma transcendental do Senhor.

    O Senhor Krishna disse: Ó Arjuna, contemple Minhas centenas de milhares de vários tipos de formas divinas, de diferentes cores e aspectos. Contemple todos os seres celestes, e as várias maravilhas nunca antes vistas. Contemple, também, a criação inteira – o animado e o inanimado, e além do que você gostaria de ver – tudo tem lugar no Meu corpo (11.05-07).

    Mas você não pode Me ver com seus olhos físicos; portanto, Eu darei a você o olho divino para que veja o Meu majestoso poder e glória (11.08).

    Ninguém pode ver Deus com seus olhos físicos. Sua forma transcendental está além do campo de visão comum. Ele se revela através da faculdade de intuição do intelecto, que residindo dentro da psique interior, controla a mente. Aqueles que conhecem a Deus se tornam imortais (KaU 6.09). Nós, cegos às cores, não estamos aptos para ver a plenitude de escala de cores cósmicas, bem como a luz com os olhos humanos. A visão divina, a qual é um presente de Deus, é necessária para ver a beatitude e a glória da Suprema Personalidade de Deus.

    O Senhor Mostra Sua Forma Cósmica Para Arjuna

    Sañjaya said: Ó Rei, tendo disso isso, o Senhor Krishna, o grande Senhor do místico poder do Yoga, revelou a Sua forma majestosa e suprema para Arjuna (11.09).

    Arjuna viu a Forma Universal do Senhor com muitas mãos e olhos, infinitas e maravilhosas imagens; com inúmeros ornamentos; segurando muitas armas divinas; vestindo guirlandas e roupas divinas, untadas com perfumes e óleos celestes; pleno de todas as maravilhas; Deus de ilimitadas faces por todos os lados (11.10-11).

    Se o esplendor de milhares de sóis surgisse como chamas, todos de uma só vez no céu, não se pareceriam com a magnificência deste Ser elevado (11.12).

    Ele vem para falar a respeito da luz. Esta é a verdadeira luz, a luz que veio ao mundo e que tudo sustenta (João 1.09). Ó Senhor, nem mesmo um milhão de sóis é comparável a Você (RV 8.70.05). Robert Oppenheimer falou este verso quando ele testemunhou a explosão da primeira bomba atômica.

    Arjuna viu o universo inteiro, dividido de muitos modos, mas estando todos eles em Um só, e todo o Uno no corpo transcendental de Krishna, o Senhor dos controladores celestes (veja, também, 13.16 e 18.20) (11.13).

    Talvez Não Estejamos Preparados ou Qualificados Para Ver o Senhor

    Tendo visto a forma cósmica do Senhor, Arjuna ficou cheio de espanto; e seus cabelos se arrepiaram; abaixou a cabeça para o Senhor, e pediu-lhe com as mãos postas (11.14).

    Arjuna disse: Ó Senhor, Eu vejo no Seu corpo todos os controladores sobrenaturais, e uma multidão de seres celestes e sábios (11.15).

    Ó Senhor do universo, eu vejo Você em todos os lugares com infinitas formas, com muitas armas, ventres, faces e olhos. Ó universal forma, eu não vejo nenhum começo, meio ou fim Seu (11.16).

    O Ser é onipresente, que a tudo penetra, sem começo, meio e nem fim.

    Eu vejo Você com suas cabeças, claves, disco, e brilho radiante difícil de ser contemplado; tudo ao Seu redor cintila com um imensurável brilho e como flamejantes chamas do sol (11.17).

    Eu acredito que Você é o Ser Supremo para ser realizado. Você é o último refúgio do universo. Você é o Espírito e protetor da ordem eterna (Dharma) (11.18).

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