terça-feira, abril 16, 2024

Mônadas que Não Querem a Autorrealização

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  • Este tópico contém 2 respostas, 3 vozes e foi atualizado pela última vez 7 anos, 9 meses atrás por imported_Ali.
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    imported_Ali
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    Três mil vezes gira a Roda do Samsara. Compreender isto, captar sua profunda significação, é indispensável e inadiável, se é que realmente anelamos a liberação final.

    Continuando com o presente capítulo, é necessário chamar a atenção do leitor, com o propósito de asseverar o seguinte: concluídos os 3 mil períodos da grande roda, qualquer tipo de autorrealização íntima resulta impossível.

    Em outras palavras, é necessário afirmar o fato iniludível de que a toda Mônada se atribuem matematicamente três mil períodos para a sua autorrealização interior profunda. É indubitável que depois da última volta da roda as portas se fecham.

    Quando isto acontece, então a Mônada, a chispa imortal, nosso Real Ser, recolhe sua Essência e seus princípios, para se absorver definitivamente no seio do Espírito Universal de Vida (o Supremo Parabrahatman).

    Está escrito, com misteriosos caracteres de fogo no testamento da sabedoria antiga, o fato concreto, claro e definitivo de que muito poucas são as Mônadas divinas, ou chispas virginais, que realmente querem a maestria.

    Quando uma Mônada qualquer anela certamente a maestria, é inquestionável que a consegue, trabalhando intensamente a sua Essência.

    Toda Essência intimamente trabalhada do interior por sua Mônada divina é muito fácil de ser reconhecida no mundo das formas densas. Esse é o caso concreto de qualquer pessoa com grandes inquietudes espirituais.

    Evidentemente, tal tipo específico de inquietudes místicas jamais poderia existir em pessoas cuja Essência não tivesse sido trabalhada de dentro por sua correspondente Mônada divinal.

    Certa vez, achando-me em férias no porto de Acapulco, nas costas do Pacífico, México, entrei no estado iogue de Nirvi-Kalpa-Shamadhi.

    Quis então saber algo sobre essas Mônadas que, depois de haverem passado pelas 3 mil voltas da Roda do Samsara, haviam perdido já toda oportunidade cósmica.

    O que vi naquela ocasião, longe do corpo, dos afetos e da mente, foi realmente extraordinário…

    Completamente submerso dentro da corrente do som, no oceano resplandecente e imaculado do supremo Parabrahatman, entrei pelas portas de um templo inefável…

    Não foi necessário interrogar, esquadrinhar e investigar. Em toda a presença de meu Ser, pude vivenciar a tremenda realidade de tais Mônadas sublimes. Elas estão além do bem e do mal.

    Pequeníssimas criaturas inocentes, centelhas da divindade sem autorrealização, seres felizes, porém sem maestria.

    Flutuavam deliciosamente aquelas nobres criaturas na brancura imaculada do grande oceano. Entravam no templo ou saíam; oravam e se prosternavam diante dos Budas, diante dos Deuses Santos, diante dos Mahatmas.

    Inquestionavelmente, tais Mônadas divinas veem os mestres da mesma forma que as formigas veem os homens.

    Os Agnisvatas, os Budas de Compaixão, os Hierofantes são, para essas Mônadas sem maestria, algo que não se pode entender; seres estranhos, enigmáticos, terrivelmente divinos…

    Nos “sancta” ou igrejas da vida livre em seu movimento, as citadas Mônadas obedecem aos deuses santos e os servem com infinita humildade.

    O gozo daquelas Mônadas é muito bem merecido, pois a Essência de cada uma delas conheceu os horrores do abismo e girou três mil vezes na roda do Samsara.

    Cada uma das três mil voltas cíclicas da roda do Samsara inclui múltiplos processos evolutivos através dos reinos mineral, vegetal, animal e humanoide.

    Cada uma das três mil voltas fatais da citada roda significa, de fato, pavorosas involuções descendentes até o centro de estabilidade planetária, baixando, lentamente, pelos escalões humanoide, animal, vegetal e mineral.

    Especificando dados concretos, enfatizaremos o seguinte:

    Três mil subidas desde o centro de gravidade planetária.

    Três mil descidas até o centro de gravidade planetária.

    Três mil subidas desde a dura pedra até o animal racional.

    Três mil descidas desde o homúnculo racional até a pedra.

    Três mil vezes fracassados e repetidos os ciclos de cento e oito vidas humanas.

    Inquestionavelmente, aquelas Mônadas divinas excluídas radicalmente da maestria, seja por rejeição intencional ou simplesmente por haverem fracassado em seus esforços para consegui-la, sofreram o indizível no vale doloroso do Samsara e na infernal morada de Plutão (o reino mineral submerso).

    Este último dado demonstra a infinita misericórdia divina e dá sentido ao estado de felicidade elemental que tais Mônadas possuem no seio do Espírito Universal de Vida.

    (Samael Aun Weor – As Três Montanhas)

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