quarta-feira, novembro 6, 2024

A Lei da Separatividade

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    Espero que possamos refletir sobre esses ensinamentos deixados pelo Mestre Lakhsmi.

    A Lei da Separatividade

    Neste tema estudaremos o fluxo e o refluxo das leis afins e antagônicas, as quais se atraem ou se repelem, segundo sua afinidade.
    Isto se sucede em todos nós, indicando-nos que é necessário fazer um discernimento para saber em que momento uma dessas leis nos atrai ou nos rechaça.
    Devemos saber que estas são leis mecânicas que a natureza criou para manter o equilíbrio.
    A Lei da Separatividade atua em cada um de nós, através do antagonismo egóico, produzindo rechaços negativos e inconsciententes, convertendo o homem em uma marionete por afinidades pesicológicas e por rechaços psicológicos, afastando e atraindo a certos eventos por simples afinidades que em fundo não são nada real.
    Temos visto casos de damas desejando ter um esposo que tenha tais ou quais características, assim como também casos de homens querendo ter uma esposa com certas características particulares.
    Isto nos indica que atuamos como quem compra um carro que o quer com tal capacidade, de tal cor, de tal modelo, ou seja, parecemos uma máquina comprando outra máquina, sem dar a justa importância aos sentimentos.
    Amigo leitor, o que é mais importante para um matrimônio feliz: a estética ou o sentimento?
    Analisando isto à luz da mecânica que envolve o mundo, e com o perdão dos leitores, diríamos que poderia ocorrer o caso de uma pessoa espiritual, que encontre na religião do vizinho ou do amigo grandes verdades e lógicas, porém a rechaça, a condena, e a vitupera simplesmente porque não é sua religião.
    Se observamos o caso do indivíduo “apaixonado” pela política, vemos que lhe passa igual; rechaça, calunia e persegue a grandes líderes com suficiente capacidade intelectual que fazem um “discurso” com idéias lógicas, por não pertencer à sua cor ou partido político e finalmente essa máquina humana, ou robô, prefere dar seu voto a outro político incapaz que não tem nenhuma qualificação; faz isso sabendo de que está cometendo um erro, porém o faz. Ou seja, para as pessoas vale mais um sistema que a Consciência.
    Se queremos ser livres não podemos depender de nenhum sistema. Como sabemos, os sistemas nascem, evoluem, se transformam e morrem e o ser humano, autônomo por um Direito Divino, não pode depender de um sistema para fazer uma mudança em si mesmo.
    A Lei da Separatividade põe o homem a enfrentar um ao outro por ideais, por opiniões; isto estamos dizendo a nível de países; no caso do homem revolucionário, o único que deve ter importância em sua existência, é a transformação de si mesmo, e nunca deve esperar que o sistema a que pertence faça uma transformação, uma volta; essas são coisas que pertencem à matéria, o que teve um começo, e por lógica, o que terá um fim. Nós aspiramos a estar mais além dos eventos mecânicos da vida.
    A pessoa que se revoluciona deve converter-se em um espectador da vida, não em um ator da mesma.
    Temos visto casos de grandes paladinos, líderes das massas, que hoje tem idéias maravilhosas para a condução de um povo, porém, como não há nada estático na vida, já que tudo evolui e muda, quando chegam a velhice, frente a todas as experiências que serviu no passado, que viveram por muito tempo, já não encontram a quem dirigir, pois suas idéias que tinham já são caducas e as massas jovens já não lhe ouvem e além disso rebatem com lógicas do presente.
    Com as modas passa igual. A moda que está em voga este mês já é antiquada no mês seguinte. Perguntamos: o que é real, duradouro ou estável nesse mundo? Não há nada! Para que fazemos tantas ilusões com algo que hoje é e amanhã não é?
    Tudo isso o vemos à Luz da Revolução da Consciência. O homem e a mulher que hoje se juram amor, amanhã se rechaçam, devido a quê? A que o homem é uma máquina dirigida por controles secretos, que não obedecem a um só condutor. ISso é o que nos chama a atenção, o que induz a que investiguemos o homem. O que é? Como funciona?
    É muito o que se tem falado sobre este tema, porém, porém por acaso as pessoas que falam conhecem o homem? Pode ser que fisiologicamente conheça muito bem; pode ser que haja catedráticos que realizem lindas exposições sobre o homem, porém, o que sabem em relação às leis de causa e efeito? Conhecem algo sobre a raiz da dor humana? Sabe algo de real que há na Essência antes de tomar corpo físico? A humanidade atual conhece a fundo o que sucede após a morte?
    Pode ser que uma pessoa ao ler este tema esteja dando respostas a algumas dessas perguntas anteriores e seguramente é a mesma que as religiões lhe ensinaram. Se é católico ou evangélico dirá que o morto irá para o céu. Se é espírita o invoca pensando que quem concorre é a Alma do falecido e crê tudo no que diz.
    Querido leitor, me desculpem, porém os humanos vivemos muito enamorados de nós mesmos. Parece que o que fazemos é o melhor, que nossa religião é a melhor, que nós pensamos o melhor.
    Enfim, sonhamos lindamente em relação a nós, nos convertemos em verdadeiros sábios para resolver os problemas dos demais, porém nem sequer somos capazes de resolver um simples problema nosso que se apresenta no lar ou na empresa, porque há em nós elementos que nos separam uns dos outros.
    O rico rechaça o pobre; o pobre repudia o rico. O intelectual vê com menosprezo o analfabeto. O analfabeto forma uma barreira contra o intelectual. A mulher bonita vê com menosprezo a feia. A feia tem inveja da bonita. Em síntese, o que é isso tudo? Complexos de orgulho, de amor próprio, de inferioridade, de superioridade, egocentrismo, ou seja, colunas de eus demônios repelindo-se uns contra os outros.
    O pior de tudo é que o homem e a mulher creem que por pertencer a uma sociedade de tal nível, por ser membros de tal religião já estão salvos e seus problemas estão resolvidos.
    Este é o mundo, esses somos os humanos. Que se pode esperar para um futuro? Não façamos ilusões, porque isto vai de mal a pior. Só o indivíduo é capaz de resgatar o indivíduo.
    Sabemos que as grandes massas por lei de afinidade se unem, porém ninguém disse que as multidões se uniram para buscar a Deus e o tem logrado.
    Pode ser que um povo se una com essa finalidade e isso é maravilhoso, porém cada qual o logra em proporção a seus esforços e a sua continuidade de propósitos.

    V.M. Lakhsmi

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