O clã dos dag-dugpas

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O VM Samael Aun Weor comenta, em diversos de seus livros e conferências, sobre os clãs dos Bonzos e dos Dag-Dugpas. São dois ramos das tradições pré-budistas tibetanas. São animistas, que praticam magia cerimonial, magia natural, magia elemental, ritos ancestrais. Enfim, podemos denominá-los Xamanistas.

O mestre Samael, nos seus livros iniciais, pensava que tanto os Bön (Bon-pos ou Bonzos) quanto os Dugpas eram magos negros. A própria Mestra Blavatsky também se confundiu com isso.

Porém, com o passar dos anos e pesquisas mais aprofundadas fizeram o Mestre mudar de opinião e ver que os Bön na verdade eram grandes e poderosos magos brancos, e justamente os Dugpas é que eram os magos negros, membros diretos da Loja Negra.

Os Bön são magos que ainda praticam ritos pré-budistas e vivenciam profundamente os 3 Fatores de forma selvagem, radical. Podemos dizer que eles são praticantes da Psicologia Gnóstica Selvagem, radical, da morte radical do Ego mesmo.

Já os Dugpas (Druk-pa, Dugpa, Brugpa, Dag dugpa ou Dad dugpa) são tidos como os mais versados em feitiçaria e ritos tenebrosos. Habitam o Tibet Ocidental e o Butão, e, por incrível que pareça, nem os comunistas chineses mexem com eles…

Todos eles são Tântricos, e se supõe que praticam a pior forma de magia negra. Alguns ritualistas, como Mircea Eliade, que visitaram as fronteiras do Tibet, confundiram os ritos e práticas dos Dugpas com as crenças religiosas dos Lamas orientais.

Esotericamente, sabe-se que a seita dos Dugpas, em que um dos membros tenebrosos mais destacados foi conhecido publicamente com o nome de Mao Tsé-tung, é o polo contrário da ordem mais antiga e poderosa do mundo, a Sagrada Ordem do Tibet.

Samael comentava como os Dugpas despertavam de forma tenebrosa o Abominável Órgão Kundartiguador (Kundalini negativamente):

“No Tibet, o Clã dos Dag Dugpa pratica o Tantrismo Negro. Os Iniciados Negros Dugpas ejaculam o sêmen misticamente, como os tenebrosos do Subud.

Os Dugpas de gorro vermelho têm um procedimento fatal para recolher o sêmen carregado de Átomos Femininos da própria vagina da mulher, logo o injetam uretralmente e o reabsorvem com a força da mente para levá-lo até o cérebro. Assim é como os Adeptos da Mão Esquerda pretendem mesclar átomos Solares e Lunares com o propósito de despertar a Kundalini. As intenções são boas, porém o procedimento é mau, porque o sêmen derramado está carregado de Átomos do Inimigo Secreto…

Essa técnica é o Vajroli, infelizmente mal empregado. O resultado inevitável desse tantrismo é a descida da serpente para baixo, para os abismos atômicos da natureza. Assim é como a humana personalidade termina separando-se definitivamente do Espírito Divino.

Então, o ser humano se converte em demônio. Não queremos ampliar nada sobre o Vajroli aplicado em seu aspecto ou fase puramente negativa, porque sabemos que existem muitas pessoas de mentalidade fraca que poderiam facilmente cair no horrível tantrismo…”

A Suástica é um símbolo originalmente Bön, absorvido pelo budismo

 

A Seita dos Bön

Quanto aos Bön, além de serem magos brancos, são ademais experts jinas. Muitos viajantes antigos, como a famosa exploradora Alexandra David-Neel, viam diversos sacerdotes flutuando em seus templos, ou voando pelos ares, ou pulando sobre altas montanhas. Um exemplo clássico de um Bön jinas foi Naro-bon-chung, um grande sacerdote pré-budista que desafiou Milarepa num “torneio de alta magia”…

Sobre os Bonzos, ensina o Mestre Samael: “Existe, no Tibet, uma Escola que merece que a examinemos muito seriamente. Quero me referir aos Bonzos. Blavatsky enfatiza a ideia de que eles são magos negros, de chapéu vermelho. Ela assegura que os Dugpas também são tenebrosos, mas é necessário examinar tal ponto.

Sobre os Dugpas, francamente não cabe nenhuma dúvida de que, sim, são Magos Negros, de que praticam o Tantrismo Negro (com ejaculação do Ens Seminis), de que desviam a força sexual, de que se convertem em tântricos tenebrosos (disso não há dúvida), porém quanto aos Bonzos, parece-me que se deve analisar e retificar.

A Iniciação Bön é terrível. Se um indivíduo, por exemplo, quiser seguir a Senda é submetido a rigorosas provas: o sacerdote faz soar sua trombeta, formada com ossos de mortos; adverte-se ao neófito de todos os perigos, são invocados os “Eus” psicológicos (a agrupação, digamos, de “agregados” que cada qual carrega dentro); fazem-nos visíveis e tangíveis no mundo físico, e se ordena (a esses “agregados” animalescos) que os devorem, que o traguem.

Se o sujeito permanece sereno, nada acontece; se não permanece sereno, pode morrer, devorado por seus próprios “agregados psíquicos”, materializados fisicamente (assim ele vem a saber qual é seu Ego, seu “Eu”). Se permanece sereno, sabe que tem de dissolver os “elementos inumanos” que leva (eles foram materializados fisicamente, para que os veja); já sabe, então, qual é o caminho: Desintegrá-los.

A Iniciação Tântrica dos Bön é formidável. Depois de tal Iniciação, entra a trabalhar (de uma vez) com o Tantrismo: A transmutar o Esperma em energia (com sua Sacerdotisa-Esposa), a trabalhar de verdade. Dizem a ele como deve desenvolver todas as suas faculdades e poderes, até chegar à Autorrealização Íntima do Ser.

Um Narjolpa (Sacerdote Bön) fotografado por Alexandra David-Neel na entrada de uma floresta. Com um tambor e uma flauta feita de fêmur humano, esse poderoso mago realizava as Conjurações Chöd para afastar entidades tenebrosas da floresta

Mas se o que o sujeito quer é não voltar, se não se sente capaz de se auto-realizar, se não é a Iniciação Tântrica o que quer, senão se emancipar, adiar a autorrealização para a futura Sexta Raça-Raiz, pode fazê-lo: Ensinam a ele DOIS MANTRAS, que os vocaliza, o neófito os canta , e ao proceder assim, seu corpo cai morto instantaneamente.

Então, já fora de seu veículo físico, começa a ser instruído pelos Bonzos Fazem-no passar por todos os terrores que existem, até que enfim, dissolvido o Ego, pode se emancipar e submergir, como um Buda Elemental, no seio da Grande Realidade, e aguardar aí até que passe esta Idade do Kali-Yuga.
É terrível a presença de um sacerdote Bön.

Quando se apresenta com seu avental (que está formado por puros ossos e crânios de mortos), com essa Mitra vermelha e o punhal na mão destra, assombra, horroriza. Por todos esses motivos, Blavatsky os qualificou de Magos Negros, porém analisando essa questão judiciosamente, viemos evidenciar que não são Magos Negros, porque não praticam Tantrismo Negro (para ser Mago Negro, há que se praticar Tantrismo Negro, e eles praticam o Tantrismo Branco).

A Iniciação que dão, quando alguém tenta se meter pela Senda do Fio da Navalha, é Tantra e Branca: Ensina-se ao Iniciado a transmutação do esperma em energia; dão-lhe os mantras para o despertar dos chacras e se os conduz pelo Quarto Caminho. Logo então, os Bonzos não são Magos Negros; o que são é radicais, violentos, ninguém os entende. Nem Blavatsky os entendeu; por isso os julgou equivocadamente.

Dos Dugpas eu não duvido muito: Esses sim ensinam Tantrismo Negro. Parece-me, pois, que com relação aos Bonzos, nos toca corrigir…”

O Símbolo Inimigo da Suástica

Assim como os grandes místicos da Índia e os judeus utilizaram-se da estrela de 6 pontas como seu símbolo nacional e espiritual; assim como Jesus e seus apóstolos e também o deus barba-branca Quetzalcóatl escolheram a Cruz somo seu símbolo poderoso etc., também os nazistas e seus mentores esotéricos criaram símbolos arquetípicos, mágicos, poderosos, para obter vitória atrás de vitória…

Sabemos que a suástica, a Runa Guibur, é profundamente solar, assim como a estrela-de-salomão (estrela de 6 pontas) e a cruz o são. Hitler e seus mentores espirituais conheciam o poder dos símbolos mágicos no inconsciente coletivo.

Esses arquétipos utilizados pelos nazistas (além da suástica, havia outros símbolos mágicos solares, como a runa Sig, ou Sigel, a Águia, a mão com 3 dedos estendidos, o punhal etc.) eram poderosos captadores e irradiadores de energias misteriosas, direcionadas nas cidades, nos jornais, nos campos de batalha, nas cidades conquistadas, nas roupas etc.

Inimigo número 1 dos nazistas em geral e de Adolf Hitler em particular, o primeiro-ministro Winston Churchill contatou o famoso mago inglês Aleister Crowley para criar símbolos que se contrapusessem aos símbolos dos inimigos alemães.

Crowley, segundo contam certos escritores, teria estudado profundamente muitos livros de simbologia, especialmente os de magia negra, pois ele sabia que só poderia se opor a um arquétipo solar outro arquétipo, porém do mal…

Estudando a simbologia tanto positiva quanto negativa do Antigo Egito, Crowley descobriu que haveria sim um símbolo que poderia anular a energia positiva da Runa mais sagrada dos povos nórdicos (a Runa Guibor, ou suástica)…

Pesquisando os símbolos dos “deuses negativos” do Egito tais como Seth, Apopi, Tifon, Hai, Nebt etc., Crowley criou um símbolo que ficaria marcado em nossa história até os dias de hoje. Tal símbolo foi chamado de “V da Vitória”. Apesar de ser um nome pomposo, tal símbolo era na verdade uma saudação negativa dos seguidores dos cultos aos “deuses” Apopi e Tifon…

Aleister Crowley

Se prestarmos bem atenção na sua conformação, veremos que além de nos lembrar a letra V de Vitória, este símbolo também representa um homem caído, invertido, com as pernas para o alto e o corpo para baixo. Os dois dedos destacados (indicador e médio) seriam as pernas para o alto e os três dedos restantes seriam os braços mais a cabeça, resultando então na representação de um homem de cabeça para baixo, caído, invertido, fulminado…

Churchill gostou da ideia e a utilizou sempre que podia. Em comícios, para a imprensa etc., o V da Vitória passou a ser o símbolo máximo dos Aliados contra os nazistas…

Lembrem-se, amigos, que o símbolo do V da Vitória é o sinal oposto do símbolo da saudação iniciática. Esta saudação gnóstica utiliza dos três primeiros dedos da mão direita estendidos, e os dois últimos fechados, exatamente como naqueles quadros onde vemos Jesus saudando…

Lembrando de um fato: infelizmente, os hippies utilizaram o V como seu símbolo, o que nos faz meditar sobre o motivo pelo qual eles fracassaram em sua marcha pela Paz e pelo Amor…

Churchill e o V da Vitória

Ali Onaissi. Jornalista, escritor e coordenador do Portal GnosisOnLine

13 COMENTÁRIOS

  1. A matéria exposta foi muito elucidativa e importante pois, muitos estudantes, principalmente os iniciantes tomam as escolas por serem esotéricas como infalíveis, tanto em suas doutrinas como em seus fundadores. Cria-se aquela expectativa da infalibilidade que os igreijeiros fazem de suas respectivas igrejas. Em tudo que lemos devemos sempre seguir o caminho do sábio Buddha, o caminho do meio, sermos neutros, cautelosos e bondosos no julgar, porém acima de tudo sermos altamente criticos na avaliação e isso não exclui o mundo esotérico e sua pretensa infalibilidade divina, cientes de que uma doutrina que é entregue pura com o tempo por causa de nossa imperfeição e interesses vai ficando suja e alterada, como ocorreu com o Cristianismo.

  2. Gostaria de solicitar a opinião dos amados Gnósticos sobre o Aleister Crowley. Era um mago negro? Devemos estudá-lo? O número 666 tem um significado esotérico, mas o significado que Crowley atribuía a ele se dizendo o Anti-Cristo é aceitável? Também gostaria de saber qual seria o significado do número 616 que segundo pesquisadores seria o verdadeiro número do apocalipse, tratando-se do 666 um erro de interpretação das letras em hebraico? Muito obrigado e espero não estar sendo inoportuno com muitas perguntas. Paz Inverencial…

    • Fausto, esses números são precisos e didáticos. Informam o que se passa no microcosmo-homem e no macrocosmo-universo por meio da simbologia e dos poderes dos Números.
      O 666 refere-se ao Anticristo, ao energetismo negativo do universo.
      O 888 refere-se ao Cristo Cósmico, ao energetismo positivo.
      E o 777 refere-se ao Louco do Tarô (7+7+7 = 21), ao ser humano afastado de Deus e de seu próprio Íntimo.
      Não à toa, o número que Crowley se dava era 777!

    • há uma coisa sobre este personagem “Aleister Crowle”que o seguinte”ele consegui despertar na ciência do abismo”

      houve uma época que este senhor só conseguia ter flashes de suas realidades para escrever seus livros “quando estava praticando algum ato infra-sexual ou obsceno”

      ele dizia que só conseguia ter inspiração para sua obra quando se masturbava,ou fornicava violentamente.

      dai se tira de onde parte sua obra….

      nos gnósticos só devemos nos associar as realidades superiores.”diga com quem andas que te digo quem eis.”

      pesquisei a algum tempo sobre este senhor, no mundo astral e
      fiquei surpreso com o resultado,”existe algo de inteligente nas trevas que fascina”

      por isto quanto mais vamos conhecendo a ciência objetiva,mas devemos morrer psicologicamente.

      Se não há a morte inevitavelmente seremos senhores das trevas.

      e quando lá nestes mundos estamos e difícil saber o que certo e o que errado.e isto se manifesta aqui na psicologia humana.

      Que acaba se cristalizando em obras tenebrosas.

      só não devemos se comportar como pessoas débil, que através do dogmatismo se comporta que nem fanáticos,o diabo cresce quando Le damos algum valor.

      devemos ser senhores que porta o poder da magia, e que podemos olhar direto nos olhos do diabo.e mostrar que ele não faz efeito algum sobre nos.

      Quando for capaz de fazer isto,será um homem dono de suas próprias vontades.

      Nos mundos astral há muita coisas.que as mesma tem grande poder sobre a vida .”uma dessas coisas e a “energia”
      “Todo mago sabe manipular esta forças”

  3. perfeitamente Fausto,

    pois a igreja que prega ser a mais correta se expõe de tal formas os seus erros e quando vê é tarde demais pra corrigi-los.
    sendo a sua unica saida ,pedir desculpas pelas atrocidades cometidas e que não podem ser desfeitas.

    P.S.:Como gostaria que houvesse uma maquina do tempo pra poder mos ver nossos próprios erros e corrigi-los,seria no minimo interessante.

    atenciosdamente lhredel.

  4. Acho que é apenas uma manifestação forte que foi exprimida de forma ativa pra engrenar o caminho do nosso universo estes seres, estas ações, simples assim !

  5. Creio que quem explica muito bem é o escritor Kurt Budberg, quem escreveu a Chave dos mistérios, A educação cósmica e o Universo paralelo entre outros, e ele é bem citado nos livros de Hermógenes que tambem é escritor e escreveu entre outros o livro; yoga para nervosos, se os caros amigos pudessem ler estes livros seria muito bom também para comentá-los. Forte abraço a todos.

  6. Assim como o “V de vitória”, um símbolo (inclusive, muito utilizado na música rock e suas vertentes) em que você estica os dedos indicador e mínimo, enquanto os outros ficam fechados, possui um simbolismo negativo? Ademais, importantes personalidades políticas da atualidade já foram vistas fazendo tal símbolo… ao qual costuma-se atribuir uma conotação satânica. Desde então, obrigado!

  7. Eu acho incrível como os sites de gnose. Não explicam nada, só enrolam, e sempre colocando, quem é do bem e quem é do mal. Chega a ser engraçado. :3

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